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2012 - Livro Vermelho 2013

Plantago australis Lam. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 19-09-2012

Criterio:

Avaliador: Danielli Cristina Kutschenko

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Plantago australis é uma espécie herbácea ocorrente nos estados sul e sudeste do Brasil. Desenvolve-se em campos de altitude, campo limpo, floresta estacional decidual, floresta estacional semidecidual, floresta ombrófila densa e restinga. A espécie é amplamente distribuída possuindo extensão de ocorrência de 1.486.823km² e é bem representada em áreas protegidas. Por ocorrer em diferentes tipos vegetacionais e áreas protegidas, e por possuir ampla distribuição e ser abundante Plantago australis é uma espécie menos preocupante (LC).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Plantago australis Lam.;

Família: Plantaginaceae

Sinônimos:

  • > Plantago bicallosa ;
  • > Plantago cantagallensis ;
  • > Plantago gigantea ;
  • > Plantago hirtella ;
  • > Plantago macrostachya ;
  • > Plantago leptophylla ;
  • > Plantago australis subsp. australis ;
  • > Plantago australis subsp. hirtella ;
  • > Plantago australis subsp. angustifolia ;
  • > Plantago bicallosa var. angustifolia ;
  • > Plantago australis subsp. macrostachya ;
  • > Plantago sodiroana ;
  • > Plantago asplundii ;
  • > Plantago lasioneura ;
  • > Plantago goudotiana ;
  • > Plantago oreades ;
  • > Plantago accrescens ;
  • > Plantago tomentosa var. glabrescens ;
  • > Plantago myosuros var. latifolia ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Descrita em Illustration des genres 1: 339. 1792. Nomes populares: "Cinco-nervos", "Língua-de-vaca" e "Tanchagem" (Souza; Souza, V.C. In Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo; Wanderley, M.G.L. et al., 2002).

Potêncial valor econômico

Utilizada para fins medicinais (Palmeiro et al., 2002).

Distribuição

Ocorre nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina (Souza, 2012).

Ecologia

Caracteriza-se por ervas, perenes, terrícolas; coletada com flor e fruto de Outubro a Abril (Souza, 2012; Souza; Souza, 2002).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes ​AMata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área (Myers et al., 2000) e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce.Algumas áreas de endemismo, agora possuem menos de 5% de sua floresta original(Galindo-Leal & Câmara, 2003). Dez porcento da cobertura florestal remanescentefoi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis emvigilância e proteção (A. Amarante, dados não publicados). Antes cobrindo áreasenormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos defragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si (Gascon etal., 2000). As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criaçãode gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI(Coimbra-Filho & Câmara, 1996). Dean (1996) identificou as causas imediatasda perda de habitat: a sobrexplotação dos recursos florestais por populaçõeshumanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano(pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios do governo brasileiroaceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola(açúcar, café e soja; Galindo-Leal et al., 2003; Young, 2003). A derrubada deflorestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650km2 deflorestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia; Fundação SOSMata Atlântica & INPE, 2001; Hirota, 2003). Em adição à incessante perda dehábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração delenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais einvasão por espécies exóticas (Galetti & Fernandez, 1998; Tabarelli et al.,2004) (Tabarelli, M. et al., 2005).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Observações: Espécie considerada Rara pela Lista vermelha da flora de Santa Catarina (Klein, 1990).

4.4.3 Management
Observações: Ocorre em Unidades de Conservação: Parque Nacional da Serra dos Órgãos e Parque Nacional do Itatiaia, no estado do Rio de Janeiro; Parque Nacional do Iguaçú, Parque Municipal Arthur Thomas, Parque Estadual Mata dos Godoy e Parque Estadual do Pico do Marumbi, no Paraná; Parque Estadual Intervales, Parque Estadual Instituto Florestal, Parque Estadual Jacupiranga, Parque Estadual das Fontes do Ipiranga e Estação Ecológica dos Chauás, em São Paulo (CNCFlora, 2012).

Usos

Referências

- SOUZA, V.C. Plantago australis in Plantago (Plantaginaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB012914>.

- TABARELLI, M.; PINTO, L.P.; SILVA, J.M.C.; ET AL. Desafios e oportunidades para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica brasileira., Megadiversidade, p.132-138, 2005.

- SOUZA, J.P.; SOUZA, V.C. Plantago (Plantaginaceae). In: WANDERLEY, M.G.L.; SHEPHERD, G.J.; GIULIETTI, A.M.; MELHEM, T.S.; BITTRICH, V.; KAMEYAMA, C. Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo: FAPESP/Hucitec, p.225-228, 2002.

- SOUZA, V.C. Plantas da Floresta Atlântica. In: STEHMANN, J.R.; FORZZA, R.C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. p.417-418, 2009.

- PALMEIRO, N.S.; ALMEIDA, C.E.; GHEDINI, P.C. ET AL. Analgesic and anti-inflammatory properties of Plantago australis hydroalcoholic extract., Acta Farmacológica Bonaerense, v.21, p.89-92, 2002.

Como citar

CNCFlora. Plantago australis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Plantago australis>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 19/09/2012 - 18:49:54